É possível não trair?
O homem trai mais
que a mulher, a mulher também trai e logo, logo tá chegando lá, traição é falta de caráter,
os homossexuais não conseguem viver sem trair...
Mais um programa
de televisão discutindo sobre o tema traição. E mais uma vez, as velhas opiniões
de sempre: é falta de caráter, não foi só minha culpa, a relação já estava
desgastada, foi só uma escapada, eu estava muito carente, ele tinha me traído antes,
ela me traiu primeiro.
Há corajosos e
corajosas que assumem as traições, e são elogiados por isso, espero que por
assumir o erro e não por terem traído, e há também os que se dizem surpresos e
descobriram por acaso. E interessante que apenas uma pessoa disse trair pelo
prazer do sexo, traia porque queria experimentar outras formas de prazer, mas
sem querer se separar do companheiro (era uma mulher em um relacionamento
heterossexual), e fez isso por um bom tempo, até encontrar o seu definitivo por
enquanto, pois, depois de quase três anos de convivência ainda não tinha
sentido vontade de trair. Muito interessante.
E penso cá comigo.
A primeira opção quando se fala em trair é sempre se referir a traição entre um
casal. E principalmente entre casais heterossexuais pois, segundo as opiniões da
maioria, os homossexuais já estão muito acostumados a conviver com a traição um
do outro, quando estão casais. Ou não. Será ?
E a traição fora
da relação de casal? Existe? Consideramos traição?
Sei não, continuo
pensando cá comigo, se o ditado diz
“A ocasião faz o ladrão”, talvez possa
dizer que a falta de caráter faz a traição. Quem trai o parceiro/parceira,
esposo/esposa, namorado/namorada, etc. Certamente pode trair o amigo, a amiga,
o trabalho, a ideologia, a família, a fé, e por aí vai.
Será?
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