Divagações observativas
Entre carros e pessoas
Não sei se você já fez isso, mas
eu faço sempre. Tipo, relacionar coisas que aparentemente nada tem a ver com
outras. Tenho cá comigo uma impressão que cada vez mais deixa de ser impressão
pra se confirmar efetivamente. Gosto muito de observar carros e seus
condutores. E entre uma observância e outra comecei a criar uma relação entre
os carros que observo e seus motoristas ou donos ou condutores. Na minha
percepção, sempre que vejo um Palio, associo imediatamente a uma pessoa
abusada, que não gosta de conversar, tipo, um cara baixinho cheio de celulares
tocando ao redor ou uma mulher com crianças chorando. Já quando passa um Celta,
e geralmente eles sempre estão passando, vejo ao volante alguém antes de tudo
apressado. Um Celta, numa estrada, nunca estará a menos de 80 por hora, acho
que quem compra Celta, sempre está apressado ou querendo provar que pode ultrapassar
todos a sua frente. Agora, motos e táxis é um capítulo a parte, independente do
tipo ou modelo do veículo. Pra mim, o objetivo de motociclistas e taxistas é
sempre ocupar o espaço vago a frente.
Tudo isso pode não ter nada a ver,
claro, mas, o pensar é pensar. Apenas.
Raciocínio feminino
Em um noticiário das 13h, desses
em que as notícias são mais amenas e digeríveis, acho que pra não atrapalhar o
almoço, passa uma reportagem sobre a diferença entre os vários tipos de
tamanhos de roupas, que nem sempre se adequam aos outros tantos tipos de tamanhos
de corpos, notadamente os femininos. E, é claro, a repórter pergunta a
vendedoras em lojas de roupas sobre essas diferenças, e, claro, constata-se que
há diferentes tamanhos para as mesmas etiquetas com P, M, G ou GG. Nada mais
esperado que venham em seguida as informações sobre novas pesquisas e estudos
para unificar definitivamente os tamanhos de todos os números de manequins e
adequá-los ao tipo físico brasileiro. Até aí, nada demais. Mas, uma das
vendedoras disse uma coisa que me chamou atenção. Quando ela (a vendedora) diz
a alguma mulher que o tamanho P não vai servir, elas (as que estão provando) se
constrangem, ou seja, dizer à cliente que ela não cabe num tamanho P pode
causar constrangimento (?). Para as mulheres então, todas as roupas deveriam
vir com o tamanho P impresso nas etiquetas, não importa o tamanho real da
roupa? Para não causar constrangimento? Vá entender esse raciocínio feminino.
Melhor achar graça mesmo.
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