Muita gente, muito respeito, muita paz

Parabéns ao belo exemplo dado pelos católicos nessa Jornada Mundial da Juventude (JMJ). Multidões contadas em milhões, reunidas na praia, tomando ruas e cidades, sem bebidas alcoólicas e sem apresentação de pop stars da música, e, ainda assim, tudo acontecendo em paz e sem ocorrências graves, com manifestações ordeiras e pacíficas. De fazer inveja a qualquer manifestação de conteúdo político ou social. E principalmente sem se ouvir gritos estridentes de castigo do inferno ou declarações das autoridades religiosas ameaçando os que não apoiam o catolicismo. Assim como gostam de fazer os evangélicos, com seus pastores que intimidam a todos que não os apoiam, se achando donos de toda a verdade espiritual e mais donos ainda da tão disputada salvação da alma. Parece que só eles (os evangélicos) é que são os certos, só eles detêm o poder da comunicação com Deus. Não quero aqui puxar ou queimar a sardinha de qualquer um das duas correntes, pois, me coloco acima de disputas religiosas, enquanto me dou o direito de crer em Deus sem sentir necessidade de ser religioso. Já me passaram um pito evangélico, por essa opinião, tentando me jogar na cara citações bíblicas de condenação a idolatria, mas, não entrei nesse mérito pois, não quis alimentar polêmicas nem me colocar contra ou a favor de qualquer lado. Apenas afirmo meu respeito a todos os que têm, seguem ou praticam qualquer doutrina. Em minha opinião, a bíblia é mais um livro religioso, como milhares de outros de tantas outras religiões. Interpretável. Um produto da interpretação humana dos autores que a escreveram, como também um produto da interpretação humana para quem lê e propaga. Respeito todos sem dizer que um é mais importante que o outro. Quem segue a bíblia ou qualquer outro livro, que o faça. E tire o melhor proveito pra si. Eu me interesso mais em conviver com as pessoas do bem, que são o reflexo daquilo que pensam e agem, conforme suas convicções. Para mim, as pessoas são mais importantes do que as religiões. Se alguém acha que a religião é o mais importante em sua vida e isso faz com que esse alguém se sinta uma pessoa melhor, ótimo. Mas, voltando ao primeiro assunto, depois dessa JMJ, felicito os católicos brasileiros pelos ensinamentos de união, convivência pacífica e demonstração de força em estado de paz. Tomara que saibam também aceitar a maturidade do estado laico e procurem sempre promover a boa coexistência simultânea com os outros credos do nosso imenso país. 

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