Deixar para amanhã...

Imagine você na seguinte situação:

Você tem uma pessoa especial em sua vida, aquela que você não mede esforços para agradá-la, que faz de tudo para vê-la sorrindo; aquela pessoa que te arranca um sorriso fácil, que te traz paz, amor e harmonia, seja ela um amigo, parente ou o amor da vida.

Você vive sempre se comunicando e se encontrando com tal pessoa e mantém um forte sentimento pela mesma, guardando-a em seu coração e protegendo-a de qualquer mal que possa se aproximar dela.

De repente, sua pessoa querida sente fortes dores no peito, fica totalmente pálida e, de tão dolorosa sensação, acaba indo parar em um hospital, onde descobre que está com um problema razoavelmente grave e que será internada da UTI.

Você, muito provavelmente, entra em desespero consigo mesmo; sua mente se perturba numa mistura de sentimentos, tais como medo, anseio, angústia, ansiedade, juntamente com a adrenalina. O corpo fica tremulo, a boca resseca, os olhos se enchem de águas, tão salgadas quanto a notícia, e um nó pesado surge na garganta, tentando calar a sua voz. A certeza de que a vida é boa se torna mais incerta que a própria existência.

Mas, até aí, você consegue suportar a situação. Você espira fundo e percebe que deve manter a calma para que a pessoa querida não perceba a sua aflição e acabe mais doente pensando no seu estado.

Então, você vê a sua querida pessoa indo embora numa maca, entrando numa sala fria, totalmente fechada e protegida por pessoas totalmente de branco. A porta se fecha e a pessoa que tanto você cuidou desaparece.

A partir dali, você começa a perceber que não se comunicará mais com ela, nem poderá vê-la, nem mesmo à distância.

Então, você vai pra casa, acreditando que, em qualquer momento que você quisesse, poderia ligar no hospital e obter informações do paciente. Só não é bem assim! O hospital já trata logo de adiantar que para se ter notícias, seria necessário ir pessoalmente até o mesmo.

Chega a noite e você, em sua cama, começa a pensar e pensar, e todos os sentimentos que você sentiu no começo de tal situação voltam a perturbar  a mente, só que dessa vez, bem pior, pois você se encontra de mãos atadas. Surge o arrependimento por você não ter dado uma atenção maior, por não ter dito algo que você queria dizer, de não ter feito o que queria fazer...

Numa situação como essa, o que você faria?

Às vezes deixamos de expor nossos sentimentos e de fazer algo importante para alguém especial, apenas porque esperamos uma ocasião certa, e acabamos perdendo a oportunidade.

Portanto, ame mais, abrace mais, fale mais... O tempo não espera por nossas decisões.





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