Campina Grande, uma primeira impressão



Desde o final de janeiro de 2014 que me mudei de Garanhuns para Campina Grande. E desde então estou em processo de adaptação ao novo ritmo da nova morada. Campina é uma bela cidade em desenvolvimento e com muitos prédios em construção.


É uma cidade aberta, clara e de bom astral. O trânsito flui razoavelmente em avenidas largas, em meio a muitas rotatórias, parece até que é moda. Aqui e ali sempre tem uma nova rotatória. Engraçado isso. 


O calor, ah o calor é grande, especialmente entre 11h e 16h, mas depois vai esfriando um pouco mais e fica mais agradável a noite. Às vezes até pinta uma neblina, e tem áreas bem ventiladas que facilitam a convivência com o ambiente.



Os serviços públicos nem sempre funcionam a contento. Claro, isso não é lá nenhuma novidade, em se tratando do nosso país, mas sinto uma morosidade maior por aqui. Os sistemas estão sempre fora do ar, os equipamentos desatualizados e os atendentes aborrecidos. Ainda bem que tem uma boa rede de saúde, se você tiver um plano de saúde (evidentemente). Mas os hospitais públicos parecem funcionar direitinho. Faz falta também um shopping center decente, pois o atual Boulevard não condiz com o porte da cidade. É muito fraco, com dependências parcas e esdrúxulas, com salas de cinema apenas sofríveis, pra não dizer ridículas. No geral, a população parece amigável, embora os mal costumes de lixo no chão, furar filas, e falta de educação social seja bem evidente, tipo, falar alto em ambientes menores, escutar música alto e fazer barulhos excessivos em todo lugar, falta de respeito com a individualidade, crianças soltas nas ruas, etc. E, infelizmente os altos índices de violência, nos amedrontam e nos tornam reféns em nossas casas. 



Enfim, uma cidade bonita e que pode se tornar bem agradável com o passar do tempo. Há belas paisagens e um parque agradável que proporcionam passeios legais mas, comuns a toda cidade de maior porte. 

Culturalmente, me surpreendeu para baixo. Pensei que haveria maior movimentação cultural pois há pelo menos três teatros e tradições que poderiam ser mais exploradas e incentivadas. Mas pelo visto, o São João é que comanda o movimento cultural da cidade. Não há valorização de teatro nem de música ou artes em geral, de acordo com o porte da cidade, que tem mais de 400 mil habitantes. As rádios fm (mais de dez), são de uma pobreza de programação sem limites, sendo muitas evangélicas, com as esperadas e previsíveis musicalidades e pregações gospel sem atrativo algum, a não ser para o seu determinado público, e, as restantes, que não chegam ao nível sofrível de programação boba e sem a menor criatividade. Melhor escutar estática no rádio.

Mas, em termos de comparação com Garanhuns, é evidente que Campina ganha em vários aspectos. Mas, em comparação a outras cidades do mesmo porte, tipo, Caruaru, não há muita diferença. Mas tem a vantagem de ser pertinho de João Pessoa, que tem praia e é uma cidade ótima para passear e conhecer.

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