O filme mais feliz do mundo


Cartaz do filme no Brasil
Inesquecível! Aquela foi a primeira vez que assisti a um filme num cinema de capital, com uma tela imensa, um som impressionante e uma imagem deslumbrante. É claro que levando-se em conta a época, no final da década de sessenta, no cinema São Luiz, de Recife, Pernambuco. Eu, uma criança do interior do estado, em férias escolares, levado ao cinema pela tia amada e seu esposo. Numa tarde mágica, deliciosa, que não dá para esquecer. O cinema, imponente e belo, se oferecia ao cliente, com uma sala perfeita, ampla e bem decorada, com poltronas confortáveis e ar condicionado. Do apagar sequencial da luzes, até a escuridão total, a surpresa dos vitrais acesos de repente, ao lado da tela, antes de começar a projeção. Causava até suspiros aos clientes de primeira viagem. E a imensa cortina vermelha se abria preparando o caminho das duas horas e meia de sonho e arrebatamento, nos levando em uma viagem única e completa. E o filme? Aquele filme em especial me levou a alçar as nuvens e o pensamento entregou-se ao musical, com som e imagens estonteantes e maravilhosas. 
E eu, a partir daquele momento, entrava, definitivamente no mundo do cinema, como mais um fã incondicional da chamada sétima arte, sem qualquer arrependimento, até hoje.Comecei bem, com uma idade por volta dos dez anos, mesmo sem conseguir ler todas as legendas completamente, assistindo A Noviça Rebelde (The Sound of Music) e não parei mais de gostar de bom cinema. E, claro, até hoje, já revi esse filme inúmeras vezes. E, claro, toda vez me alegro e revivo emoções guardadas para sempre na memória. 
  

Agradeço tanto a minha amada tia, que me levou para aquela tarde indescritível, agradeço ao cinema São Luiz, e ao filme que me mostrou a felicidade em forma de música, som e imagem. Que bom ter visto o filme mais feliz do mundo.
Elenco principal do filme, em 1965  e 45 anos depois.

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