Humpf!


                                           
Mas tem hora que dá vontade de dizer: Essa vida é uma merda! 
Mesmo que não seja, ou seja.
Nesse momento dá vontade de reclamar dela (da vida). Uma hora eu falo ou penso isso e ponho a culpa na vida, na chuva, no trânsito, no moleque que passa vendendo balas, nas filas, na gripe, na internet lenta, na cidade, no celular sem área, e por aí vai. Não tem jeito, em algum momento vem a vontade de reclamar de tudo, de reclamar do pouco, de reclamar das pessoas, dos acontecimentos e de qualquer outra coisa que venha pela frente.
Tem horas, ou dias, que foram feitos para reclamar, sejam eles chuvosos ou ensolarados, sejam noites de lua cheia ou crescente, não importa, a hora de reclamar é sagrada. E tem que ser assim mesmo. Mando tudo às favas, reclamo até da lentidão dos minutos que passam, ou da pressa desses mesmos minutos em passar, dependendo da minha necessidade reclamatíssia.
"O cabelo tá uma droga", "não tem roupa que preste", "tomar água é desnecessário", "Coca-Cola tem gosto péssimo", "suco, nem pensar". Nessa hora o mais importante é o meu mau humor, o meu incômodo, a minha insatisfação com o mundo. Pois, também nessa hora, apenas eu estou certo e o resto do mundo é que está errado. Todas as pessoas, menos eu, são chatas, burras, feias.
Mando tudo se lascar, a programação da tv é um saco, música é dispensável, até olhar de cachorro fofinho não tem vez.
Pronto. Passou?
Pode ter durado alguns minutos, algumas horas, em casos mais graves até um ou dois dias. Mas, uma hora passa. Tomara.

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