A sempre bem-vinda sexta feira
Por 35 anos fui
empregado de empresas, subordinado a chefes, supervisores, etc. E vez por outra
ouvi patrões e patroas, donos e donas, sócios e sócias, reclamando dos seus
empregados que sempre esperam as sextas feiras e feriados com mais alegria e
vontade de ir embora do trabalho o mais rápido possível. Tem empresários que
acham ruim quando percebem isso, achando que seus contratados só pensam em
folga e descanso.
Acho que seria bom
esclarecer aos senhores e senhoras que seus empregados estão com vocês numa
relação de Contrato de Trabalho, regida por uma lei específica de prestação de
serviços em troca de uma remuneração financeira, com base no respeito mútuo. Empregados
devem trabalhar cumprindo normas pré-estabelecidas e definidas, visando o
crescimento da empresa e o desenvolvimento do contratado, baseando-se em
direitos e deveres dos dois lados. Vestir a camisa da empresa e querer o
sucesso, são metas tanto do empregador quanto do empregado pois, assim os dois
lados estarão afinados quanto ao mesmo objetivo, desde que, evidentemente, a
empresa dê condições dignas de trabalho e o contratado cumpra com os deveres
estabelecidos. Empregado nenhum vai se doar e trabalhar mais que o esperado
apenas por prazer no serviço ou por amor a empresa, mas, sim por esperar uma
ascensão profissional com a sua devida remuneração financeira. Exigir amor
incondicional pela firma ou empresa por parte dos empregados é pura burrice
empresarial, quem deve ter esse “amor” pela empresa são seus donos e donas que
estão investindo capital e energia na fundação e continuação do seu negócio,
promovendo desenvolvimento e contratando serviços através de pessoas para a
manutenção e sucesso dessas mesmas empresas. É interesse de todos, patrões e
empregados, que a corporação cresça e se mantenha no mercado. Agora, que cada
um cumpra seu papel. Patrões: investindo, contratando, remunerando justamente
seus empregados e desenvolvendo a empresa. Empregados: cumprindo suas
obrigações contratuais com honestidade e bom relacionamento entre os colegas.
Toda a relação, claro, calcada nos princípios da boa reciprocidade com justiça
e verdade.
Afinal, relação de
empregado/empresa não é apenas de amor e suor, mas, de negócio e trabalho. Essa
história de amar, suar, vestir a camisa, ficar além do horário, aceitar desvio
de funções, etc. Definitivamente não são coisas de empresas sérias que mereçam
respeito, assim sendo, melhor que fundassem um fã-clube ou uma torcida
organizada.
Que cheguem as sextas-feiras
e os feriados e todos se divirtam e relaxem, renovando suas energias para
continuar as suas jornadas de patrões e empregados em bom convívio.
Comentários