Nada mais óbvio
“Boas festas”
“Feliz ano novo”
Nada como terminar o ano:
- fazendo
exercícios na praia
- tomando um
bom banho de mar
- ouvindo uma
boa música
- se reunindo
com os familiares
- na igreja
- no culto
- no terreiro
- bebendo
- comendo
- usando roupas
novas...
Tem mais:
Vestir branco
Pular sete ondas na praia
Subir na cadeira mais alta
Comer lentilhas
Apagar as lâmpadas quando der meia noite
Acender incenso
Segurar folhas de arruda
Segurar dinheiro
Abraçar os outros
Chorar
Soltar fogos
Olhar os fogos
Prometer melhorar...
E muitas outras coisas que fazemos ou participamos nesses
dias de final de ano. Confraternizações bobas, trocas de presentes nos
famigerados amigos ocultos, reuniões familiares cheias de falsidades, desfiles
de roupas novas, ao lado de celulares e gadjets pra se mostrar superior e por
aí vai.
Repetições ridículas, convenções sociais que não levam a
lugar algum, exposições de vida sem necessidade, interpretações erradas de
sentimentos e de compreensões.
Que saco!
Precisa marcar data pra ser bonzinho, ou prometer ser?
Precisa marcar tempo pra fazer planos do bem ou cumprir
promessas pra nós mesmos?
Precisa tanta contagem regressiva pra recomeçar de novo?
É muita necessidade de aparecer, muita carência mal
resolvida, muita emoção reprimida.
Melhor comemorar cada dia como se o último fosse,
aproveitando o que somos capazes de nos renovar por nós mesmos, dividindo com
os outros tudo que produzimos de bom e de bem. Sem precisar marcar datas ou
horas, nem depender de feriados e etiquetas supérfluas para se sentir feliz.
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