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Anne com E | A primeira palavra que me vem à mente ao falar
dessa série da Netflix é sem dúvida, apaixonante. Comecei a assistir meio
assim, sem muitas expectativas ou pretensões, depois de uma busca no menu de
séries, gostei da foto da apresentação, li o rápido resumo e cliquei lá. Ainda bem
que cliquei. A história que parece simples, de uma garota ruiva, órfã e feia,
ambientada numa ilha do Canadá em 1890,
nos traz temas atuais como bullying no ambiente escolar, como também relacionamentos e descobertas entre
adolescentes, sonhos e desventuras de uma garota que tem como maior trunfo em
sua vida, a sua imaginação.
A série nos conquista aos poucos de uma maneira muito
simples, com personagens bem definidos e bem interpretados, notadamente pela
atriz Amybeth McNulty, que faz a protagonista,
de uma maneira simplesmente bela e repito, apaixonante. A ambientação de época é boa, com
figurino e cenários muito bem feitos, percebendo-se uma produção bem cuidada. As
paisagens são lindas, com uma iluminação que explora bem as luzes naturais
primorosamente, e, a câmera nos mostra com sutileza, os detalhes da
interpretação dos atores e, principalmente, com uma delicadeza sublime, nos faz
viajar por entre claros e escuros, silêncios e barulhos, despertando
sentimentos que nos levam do riso ao choro, em cada episódio.
O elenco é bom, e
dá o suporte preciso aos detalhes da história, com personagens cativantes como
a Anne, as outras crianças também muito boas e os adultos também muito bons e
coerentes. Muito bom de se assistir, a série conquista pela simplicidade como
mostra os conflitos, sem as apelações tão comuns nas produções atuais tipo, efeitos
especiais em abundância, câmeras que não param de sacudir, musica bombástica,
barulhos excessivos. Nada disso aparece, nem precisa, bastam as boas
interpretações, a direção correta, cenários, música, iluminação, uma maquiagem
que quase não aparece, tudo bem conduzido e pronto. No mais, a emoção é que nos
move e nos leva à paixão por Anne. Tomara que venha, no mínimo, outra
temporada.
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