The Who no Rock in Rio
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Dia 23 de setembro de 2017, enquanto assistia
ao Rock in Rio, mais especificamente o show do The Who, ali, naquele palco
imenso, fiquei pensando, cá comigo. Assim, de cara, juntando as idades de Roger Daltrey (vocal)
e Pete Towshend (guitarra), já temos aí, nada mais nada menos de 145 anos.
Esses dois à frente de uma das bandas mais famosas de todos os tempos, com
apenas 53 aninhos de existência. No delirante público que assiste ao show se vê
gente de tudo que é idade, de crianças nos braços dos pais, até avôs e avós se
balançando devagarinho, com um sorriso de ótimas lembranças estampado no rosto,
passando por adolescentes agitados e pulantes e adultos quase hipnotizados,
todos se sacudindo dos mais variados jeitos e trejeitos, e, claro apontando os
milhares de celulares para a banda. A maioria, balbucia, canta, dubla, grita,
as letras das músicas, como se todos já conhecessem. Músicas com mais de 30, 40
anos de existência, juntando essa galera imensa, trazendo alegria e diversão,
resgatando sentimentos e paixões do fundo dos corações e das mentes daquela
massa dançante. A diversidade em todas as suas cores e estilos, cantando e
dançando unida. É muito lindo de se ver. Ao final do show, os setentões
continuam com pique de adolescentes, sorrisos de alegria genuína e semblante de
dever cumprido. Há que se sentir melhor naquele momento bonito, feliz e
comandado pela verdadeira paz e união promovidas pela força e o poder da
música. Sem a menor sombra de dúvidas, a boa música é uma das poucas coisas
nesse mundo, que ainda conseguem agregar pessoas de grupos os mais diversos
possíveis, através da coisa mais simples e humana que existe, a pura emoção.
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