Perguntas de ciência e fé
Cedo ou tarde, sempre nos deparamos com as velhas e polêmicas perguntas: Quem sou eu? De onde
viemos? Para onde vamos? O homem veio do macaco? O homem é criação de Deus?
Existe Deus? E respostas é que não faltam, de vários tipos, para todos os
gostos. Das explicações mais simples até as mais complicadas possíveis.
Comigo não foi diferente. Estava
eu, um dia desses, em pleno pensar em nada (como se possível fosse), me peguei
pensando em tudo o mais. De uma simples pergunta, num pensamento a esmo, pode
se descortinar um novo universo. Como olhar a lua, numa certa noite e só então
perceber que ela já está ali há milênios, mas, só naquele instante se revela a
mim. E passei a buscar explicações, na tentativa de responder o que começava a
me perseguir. Uma pergunta, múltiplas respostas para escolher. Uma resposta
esclarecida, várias perguntas novas surgindo. Qual resposta mais confiável?
Qual resposta mais esclarecedora? Qual explicação mais suficiente? Todas.
Caminhos de busca é que não faltam.
Platões, Sócrates, Parmênides, Aristóteles, Einsteis, Sartres, Ptolomeus,
Galileus, Giordanos, Hegels, Nietzches, Freuds e tantos e tantos mais. Quanto
mais se lê, mais se busca. Quanto mais se encontram explicações, mais se
percebem as contradições. E por aí vai e por aí tem. Agora se descortinam
outros caminhos, em outras dimensões de pensamentos. E tome bíblias, papas,
pastores, ministros, pais de santo, Kardecs, Budas, e tantos e tantos mais.
Ufa!
Mas, não para por aí, o
conhecimento aumenta na medida em que crescem as dúvidas. Descubro então que as
escolhas dos caminhos a seguir dependem agora da minha simples escolha mesmo.
Assim, como se escolhe a roupa a vestir pela manhã, mas, todas as respostas são
surpreendentemente quase suficientes, se não esclarecem tudo, quase o fazem. E,
descubro então a melhor resposta: a dúvida.
Descubro que a mesma dúvida que
viabiliza a ciência, pode ser a dúvida que inviabiliza a fé. Adoto a escolha
que melhor me satisfaz a alma, que melhor me preenche o saber, que mais me esclareça
o caminho que se abre à frente.
Não me contento com as respostas
lidas, ouvidas, pensadas, ditas, mas, pelo menos tenho à disposição, várias
opções de explicações para tudo, e, ouso até pensar - Tudo que é pensado pode
ser realizado.
A partir de então, adotei para
mim, a dúvida como melhor resposta para toda explicação científica e a fé como
resposta para toda dúvida religiosa. Pronto. Eu, por enquanto, acho que ciência
e religião podem se completar, que o homem e o universo, ou os vários
universos, foram iniciados, criados ou, de alguma forma organizados por alguma
força dominante e tudo evolui e muda a cada minuto, podendo ser explicado de
acordo com o que se escolhe para seguir ou crer. Seja qual for o caminho
escolhido, com a devida fundamentação.
Que a fé seja desafiadora para a
ciência e a ciência seja combustível para a fé.
Quem sou eu? De onde vim? Para
onde vou? Todas as respostas respondidas, com muito mais dúvidas a esclarecer.
Sempre.
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